Sinto uma força dentro de mim. Um sentimento intenso, querendo explodir, sair e conquistar o mundo. Uma vontade incontrolável de expressar, de gritar aos quatro cantos. Sim! Aqui, existe um amor extremo, algo que ultrapassa a barreira do ponderável. Algo tão reprimido e contido por conta da dureza da vida, mas que aflora a cada momento mágico, experimentado ao lado de pessoas especiais, sem as quais eu não poderia exercer o meu viver.
Não sou nada, não tenho nada e não espero nada. Só deixo o vento soprar em meu rosto e olho para o horizonte, observando o que ele traz. Coisas boas? Coisas ruins? Só o tempo e as minhas escolhas é que poderão dizer. E a vida segue, mágica e fascinante, como deve ser. E o mistério do amanhã me absorve e me faz segurar meus sentimentos mais ocultos. Mas estou pronta! A porta do meu coração vai se abrir a qualquer momento... E aí... Bom... Aí, nada mais vai importar. Terei encontrado o caminho.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Acho que preciso de terapia...
Fico me perguntando por que meus sentimentos se despertam por coisas utópicas? De fato, não é normal ter interesse por coisas e pessoas que não estão ao nosso alcance. Uma vez ou outra, tudo bem. Deve ser natural. Mas e quando isso se torna uma constância?Nessas horas, guardo-me com os meus mais profundos pensamentos...fico introspectiva...analisando e tentando achar uma razão. Será que eu quero mesmo essas coisas e pessoas inatingíveis? Será que o fato delas me despertarem interesse não é justamente porque eu sei que não vai dar certo?Talvez... mas também já tive experiências que me provam o contrário. Certa vez, quis alguém de certa forma inatingível. Mas no final, acabei conseguindo...Nossa...e foi tão bom, que eu nem sei descrever.Pode ser, então, que eu queira sentir sensações extremamente intensas. Afinal, dizem que o que é mais difícil é muito mais gostoso. E não deixa de ser verdade.Há ainda a teoria do desafio. Sei lá...objetivos quase impossíveis instigam a nossa força de vontade...estimulam o raciocínio...é uma possibilidade, sim!Mas... pensando com o coração (ele não deixa de ser um insano coração errante), acho que eu simplesmente quero o amor pleno. Aquele que é simples, regado de sinceridade, respeito e cumplicidade. Então, penso que desafios podem ser a chave para a ebulição de algo assim, sublime.Mas enfim...estou novamente me deparando com um novo universo...praticamente inatingível, impossível...mas que me causa a impressão de ser maravilhoso. Nem bem saí de uma enrascada dessas e já me deparo com outra. Devo ser mesmo louca...ou extremamente problemática.Que venham os psicólogos...psiquiatras...ou qualquer outro profissional que cuide desses problemas do existir. Que me ajudem a entender o que acontece e que me mostrem o caminho certo para o verdadeiro EXISTIR...aquele sem perigos, desafios e simples.
Hummm...acho que não! Parece chato!!!
Hummm...acho que não! Parece chato!!!
Desejos
Quero resumir aqui meus desejos, para que um dia, volte a ler e ver o que realmente conquistei...
São eles:
Faculdade de jornalismo, que meus pais não briguem mais, conseguir escrever o que desejo escrever, liberdade, uma ideologia, um fim de semana inesquecível, um outro show da Maria Rita, uma tattoo, uma filha que se chamará Mirella, um outro emprego, terminar meu curso de teatro, começar outro curso pra tocar algum instrumento (bateria, guitarra ou violino), um box de dvd’s da Elis Regina, voltar a andar de skate, ir a um show de rock e entrar nos bate-cabeças (como antigamente), parar de ser burra, deixar de me estressar por bobagens, ver antigos amigos, conhecer outros logo, ir na casa da minha vó (saudades!), cantar bem (hauahhuaha), fazer algum trabalho voluntário, ser missionária em outro país, ir ao Louvre, deixar de ser tão indecisa, resolver os problemas do mundo, voltar a ser criança, fazer os outros rirem, casar na igreja de véu e grinalda, ir a um jogo do Corinthians e ficar perto da Gaviões, uma calça xadrez, que minha irmã seja feliz, ler todos os livros do mundo (rs!), ter uma chácara pra abrigarmos todos os cães abandonados que encontrarmos (sonho meu e da minha irmã!), chegar pra aquela pessoa e dizer: “Vai se fuder!”, comer um pão bem quentinho com manteiga, que minha mãe viva até eu conseguir dar tudo o que ela merece, ir em um show do Charlie Brown Jr. e/ou O Rappa pra cantar e gritar até ficar rouca e desestressada (essa palavra existe?), um Golf GLS 2.0 (preto), andar na praia, sair com as amigas pra balada e se acabar de dançar, um amor pra vida toda, mais vergonha na cara dos políticos e principalmente em quem vota neles, que meu quarto se arrume sozinho (rs!), que só chova na hora de dormir, pensar antes de falar, matar: a Sandy, a Britney Spears, aquelas mulheres inúteis que dançam em clips de rappers, Vera Fischer, João Kleber, e mais algumas pessoas...Huahhuahuahau!!!
Não liguem! Isso é apenas um desabafo!
Nem tudo que desejo é plausível (infelizmente)! Eu sei!
Mas, por enquanto, num custa sonhar... E quem sabe,algum deles, realizar!
São eles:
Faculdade de jornalismo, que meus pais não briguem mais, conseguir escrever o que desejo escrever, liberdade, uma ideologia, um fim de semana inesquecível, um outro show da Maria Rita, uma tattoo, uma filha que se chamará Mirella, um outro emprego, terminar meu curso de teatro, começar outro curso pra tocar algum instrumento (bateria, guitarra ou violino), um box de dvd’s da Elis Regina, voltar a andar de skate, ir a um show de rock e entrar nos bate-cabeças (como antigamente), parar de ser burra, deixar de me estressar por bobagens, ver antigos amigos, conhecer outros logo, ir na casa da minha vó (saudades!), cantar bem (hauahhuaha), fazer algum trabalho voluntário, ser missionária em outro país, ir ao Louvre, deixar de ser tão indecisa, resolver os problemas do mundo, voltar a ser criança, fazer os outros rirem, casar na igreja de véu e grinalda, ir a um jogo do Corinthians e ficar perto da Gaviões, uma calça xadrez, que minha irmã seja feliz, ler todos os livros do mundo (rs!), ter uma chácara pra abrigarmos todos os cães abandonados que encontrarmos (sonho meu e da minha irmã!), chegar pra aquela pessoa e dizer: “Vai se fuder!”, comer um pão bem quentinho com manteiga, que minha mãe viva até eu conseguir dar tudo o que ela merece, ir em um show do Charlie Brown Jr. e/ou O Rappa pra cantar e gritar até ficar rouca e desestressada (essa palavra existe?), um Golf GLS 2.0 (preto), andar na praia, sair com as amigas pra balada e se acabar de dançar, um amor pra vida toda, mais vergonha na cara dos políticos e principalmente em quem vota neles, que meu quarto se arrume sozinho (rs!), que só chova na hora de dormir, pensar antes de falar, matar: a Sandy, a Britney Spears, aquelas mulheres inúteis que dançam em clips de rappers, Vera Fischer, João Kleber, e mais algumas pessoas...Huahhuahuahau!!!
Não liguem! Isso é apenas um desabafo!
Nem tudo que desejo é plausível (infelizmente)! Eu sei!
Mas, por enquanto, num custa sonhar... E quem sabe,algum deles, realizar!
domingo, 27 de maio de 2007
O que sinto
"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa
Rui Barbosa
A merda da beleza
Não agüento mais!
Porque sempre temos que estar bonitos fisicamente? Será que damos realmente valor à tão famosa “beleza interior”??? Duvido! Bando de hipócritas!
Deus do céu! Li no jornal há alguns dias atrás, que uma menina foi espancada na escola porque as outras meninas achavam que ela se vestia bem demais...
o.O
Onde fomos parar? Somos escravos, consumistas! Valorizamos-nos pelo tênis último modelo que compramos, pelo quanto pagamos naquela calça, por quanto gastamos em uma noite na balada...
Já estou cansada de pessoas fúteis! Não quero e nem posso mais agradar a todos...
Amizades baseadas em “reais” eu não preciso! Preciso ir mais além!
Quero que minhas amigas valorizem mais elas próprias que as suas roupinhas de última moda!
Quero que os rapazes se aproximem de nós pelo que somos e não por termos um rostinho bonito ou por estar usando uma roupa mais curta!
Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tantos “objetos”.
Imagino que todas elas (ou a maioria) desejam ter dinheiro, uma posição na sociedade e até mesmo esperam ou já têm um amor verdadeiro.
Então pra que se expor daquela forma? Isso é arte? Desculpe-me, posso querer ser moralista até, mas não acho que mostrando tudo o que tem, elas terão alguma coisa... Podem ter dinheiro momentaneamente, status, mas... e depois?
Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem. Depois reclamam quando os homens as tratam como um nada.
Sugiro que ao invés de silicones, deveríamos encher nossos peitos com coragem para assumirmos nossa verdadeira personalidade, sem medo de ser feliz!
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado da liberdade".
Vejam bem, claro que cada um faz o que julga melhor pra si, só acho que não deveríamos nos tornar escravos dessa merda de beleza.
Porque sempre temos que estar bonitos fisicamente? Será que damos realmente valor à tão famosa “beleza interior”??? Duvido! Bando de hipócritas!
Deus do céu! Li no jornal há alguns dias atrás, que uma menina foi espancada na escola porque as outras meninas achavam que ela se vestia bem demais...
o.O
Onde fomos parar? Somos escravos, consumistas! Valorizamos-nos pelo tênis último modelo que compramos, pelo quanto pagamos naquela calça, por quanto gastamos em uma noite na balada...
Já estou cansada de pessoas fúteis! Não quero e nem posso mais agradar a todos...
Amizades baseadas em “reais” eu não preciso! Preciso ir mais além!
Quero que minhas amigas valorizem mais elas próprias que as suas roupinhas de última moda!
Quero que os rapazes se aproximem de nós pelo que somos e não por termos um rostinho bonito ou por estar usando uma roupa mais curta!
Olho as revistas povoadas de mulheres lindas... e sinto uma leve depressão, me sinto mais só, diante de tantos “objetos”.
Imagino que todas elas (ou a maioria) desejam ter dinheiro, uma posição na sociedade e até mesmo esperam ou já têm um amor verdadeiro.
Então pra que se expor daquela forma? Isso é arte? Desculpe-me, posso querer ser moralista até, mas não acho que mostrando tudo o que tem, elas terão alguma coisa... Podem ter dinheiro momentaneamente, status, mas... e depois?
Ostentam um desejo que não têm e posam como se fossem apenas corpos sem vida interior, de modo a não incomodar com chateações os homens que as consomem. Depois reclamam quando os homens as tratam como um nada.
Sugiro que ao invés de silicones, deveríamos encher nossos peitos com coragem para assumirmos nossa verdadeira personalidade, sem medo de ser feliz!
A democracia de massas, mesclada ao subdesenvolvimento cultural, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa. A "libertação da mulher" numa sociedade ignorante como a nossa deu nisso: superobjetos se pensando livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal que apenas esconde pobres meninas famintas de amor e dinheiro. A liberdade de mercado produziu um estranho e falso "mercado da liberdade".
Vejam bem, claro que cada um faz o que julga melhor pra si, só acho que não deveríamos nos tornar escravos dessa merda de beleza.
Para Tu Amor
Para tu amor lo tengo todo
Desde mi sangre hasta la esencia de mi ser
Y para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies
Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos
Para tu amor no hay despedidas
Para tu amor yo solo tengo eternidad
Y para tu amor que me ilumina
Tengo una luna, un arco iris y un clavel
Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos
Por eso yo te quiero tanto que no sé como explicar
Lo que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas
Yo te quiero con el alma y con el corazón
Te venero
Hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor
Por existir
Para tu amor lo tengo todo
Lo tengo todo y lo que no tengo también
Lo conseguiré
Para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies
Y tengo también...
Desde mi sangre hasta la esencia de mi ser
Y para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies
Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos
Para tu amor no hay despedidas
Para tu amor yo solo tengo eternidad
Y para tu amor que me ilumina
Tengo una luna, un arco iris y un clavel
Y tengo también
Un corazón que se muere por dar amor
Y que no conoce el fin
Un corazón que late por vos
Por eso yo te quiero tanto que no sé como explicar
Lo que siento
Yo te quiero porque tu dolor es mi dolor
Y no hay dudas
Yo te quiero con el alma y con el corazón
Te venero
Hoy y siempre gracias yo te doy a ti mi amor
Por existir
Para tu amor lo tengo todo
Lo tengo todo y lo que no tengo también
Lo conseguiré
Para tu amor que es mi tesoro
Tengo mi vida toda entera a tus pies
Y tengo también...
sábado, 26 de maio de 2007
Cigana
Queria ser uma cigana...
Encantar-te com minhas danças
E meus mistérios...
Ler nas cartas de tarot
Que você está destinado a ser meu
Para sempre...
Observar na palma de sua mão,
Toda a minha vida...
Entregue a ti, sem nada pedir...
Poder fazer uma magia
Que o faça me enxergar com outros olhos...
Os olhos que você insiste em desviar dos meus...
Levar-te em cada viagem que fizer,
Observar o céu de estrelas refletidas em seu rosto...
Este seu rosto...
Que tanto me faz viajar...
Encantar-te com minhas danças
E meus mistérios...
Ler nas cartas de tarot
Que você está destinado a ser meu
Para sempre...
Observar na palma de sua mão,
Toda a minha vida...
Entregue a ti, sem nada pedir...
Poder fazer uma magia
Que o faça me enxergar com outros olhos...
Os olhos que você insiste em desviar dos meus...
Levar-te em cada viagem que fizer,
Observar o céu de estrelas refletidas em seu rosto...
Este seu rosto...
Que tanto me faz viajar...
Curiosidade
Queria tanto saber o que se passa em sua cabeça...
Em seu coração...
Mas, o que será que se passa na minha cabeça e no meu coração?
Nem isso sei...
Na minha vida, só tenho algumas certezas:
Há algo muito maior do que julga nossa vã filosofia,
O amor de minha mãe,
E que pra mim, já não há mais esperanças...
Será que tudo o que desejo, é tão difícil de alcançar?
Por que não consigo desatar os nós que prendem minhas mãos
E o meu coração?
Será que, para mim, é mais conveniente viver presa?
Não sei...
Só sei de uma coisa:
Queria tanto saber o que se passa em sua cabeça
Em seu coração...
Em seu coração...
Mas, o que será que se passa na minha cabeça e no meu coração?
Nem isso sei...
Na minha vida, só tenho algumas certezas:
Há algo muito maior do que julga nossa vã filosofia,
O amor de minha mãe,
E que pra mim, já não há mais esperanças...
Será que tudo o que desejo, é tão difícil de alcançar?
Por que não consigo desatar os nós que prendem minhas mãos
E o meu coração?
Será que, para mim, é mais conveniente viver presa?
Não sei...
Só sei de uma coisa:
Queria tanto saber o que se passa em sua cabeça
Em seu coração...
Amor
Existe?
Quem disse?
Ah! Claro!
Amor de mãe...
Amor de pai...
Esses sim.
Tem também
Entre irmãos
E amigos verdadeiros...
Entre animais
E seus criadores...
Amor incondicional...!
E amor entre homem e mulher?
Não conheço...
Portanto, pra mim, não existe!
O quê?
Você me acha mal amada?
Sem coração?
Ah! Num me venha com essa!
Você ama seu namorado?
Então, deixa ele ir jogar bola no feriado...
Falar com as amigas e dar um abraço apertado!
Deixe de vê-lo por uma semana...
Ué?! Você não o ama?
Sim... Eu sei...
Você também ama sua namorada né?!?
Deixe então ela sair com as amigas...
Colocar aquela roupa que foi proibida...!
Ah é! Ciúmes né?! Quem ama cuida...
Isso até passar uma com uma saia mais curta...
Realmente,
Nada do que parece é...
Se isto é amor de verdade,
Prefiro seguir sozinha...
Presa somente a uma coisa:
A minha liberdade.
Quem disse?
Ah! Claro!
Amor de mãe...
Amor de pai...
Esses sim.
Tem também
Entre irmãos
E amigos verdadeiros...
Entre animais
E seus criadores...
Amor incondicional...!
E amor entre homem e mulher?
Não conheço...
Portanto, pra mim, não existe!
O quê?
Você me acha mal amada?
Sem coração?
Ah! Num me venha com essa!
Você ama seu namorado?
Então, deixa ele ir jogar bola no feriado...
Falar com as amigas e dar um abraço apertado!
Deixe de vê-lo por uma semana...
Ué?! Você não o ama?
Sim... Eu sei...
Você também ama sua namorada né?!?
Deixe então ela sair com as amigas...
Colocar aquela roupa que foi proibida...!
Ah é! Ciúmes né?! Quem ama cuida...
Isso até passar uma com uma saia mais curta...
Realmente,
Nada do que parece é...
Se isto é amor de verdade,
Prefiro seguir sozinha...
Presa somente a uma coisa:
A minha liberdade.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Eu não gostava do Papa João Paulo II
Escrevo enquanto vejo a morte do papa na TV. E me espanto com a imensa emoção mundial. Espanto-me também comigo mesmo: "Como eu estou sozinho!" - pensei.
Percebi que tinha de saber mais sobre mim, eu, sozinho, sem fé nenhuma, no meio deste oceano de pessoas rezando no Ocidente e Oriente. Meu pai, engenheiro e militar, me passou dois ensinamentos: ele era ateu e torcia pelo América Futebol Clube. Claro que segui seus passos. Fui América até os 12 anos, quando "virei casaca" para o Flamengo (mas até hoje tenho saudade da camisa vermelha, garibaldina, do time de João Cabral e Lamartine Babo), e parei de acreditar em Deus.
Sei que "de mortuis nihil nisi bonum" ("não se fala mal de morto"), mas devo confessar que nunca gostei desse papa. Por quê? Não sei. É que sempre achei, nos meus traumas juvenis, que papa era uma coisa meio inútil, pois só dava opiniões genéricas sobre a insânia do mundo, condenando a "maldade" e pedindo uma "paz" impossível, no meio da sujeira política.
Quando João Paulo entrou, eu era jovem e implicava com tudo. Eu achava vigarice aquele negócio de fingir que ele falava todas as línguas. Que papo era esse do papa? Lendo frases escritas em partituras fonéticas... Quando ele começou a beijar o chão dos países visitados, impliquei mais ainda. Que demagogia! - reinando na corte do Vaticano e bancando o humilde...
Um dia, o papa foi alvejado no meio da Praça de São Pedro, por aquele maluco islâmico, prenúncio dos tempos atuais. Eu tenho a teoria de que aquele tiro, aquela bala terrorista despertou-o para a realidade do mundo. E o papa sentiu no corpo a desgraça política do tempo. Acho que a bala mudou o papa. Mas, fiquei irritadíssimo quando ele, depois de curado, foi à prisão "perdoar" o cara que quis matá-lo. Não gostei de sua "infinita bondade" com um canalha boçal. Achei falso seu perdão que, na verdade, humilhava o terrorista babaca, como uma vingança doce.
E fui por aí, observando esse papa sem muita atenção. É tão fácil desprezar alguém, ideologicamente... Quando vi que ele era "reacionário" em questões como camisinha, pílula e contra os arroubos da Igreja da Libertação, aí não pensei mais nele... Tive apenas uma admiração passageira por sua adesão ao Solidariedade do Walesa, mas, como bom "materialista", desvalorizei o movimento polonês como "idealista", com um Walesa meio "pelego". E o tempo passou.
Depois da euforia inicial dos anos 90, vi que aquela esperança de entendimento político no mundo, capitaneado pelo Gorbachev, fracassaria. Entendi isso quando vi o papai Bush falando no Kremlin, humilhando o Gorba, considerando-se "vitorioso", prenunciando as nuvens negras de hoje com seu filhinho no poder. Senti que o sonho de entendimento socialismo-capitalismo ia ser apenas o triunfo triste dos neoconservadores. O mundo foi piorando e o papa viajando, beijando pés, cantando com Roberto Carlos no Rio. Uma vez, ele declarou: "A Igreja Católica não é uma democracia." Fiquei horrorizado naquela época liberalizante e não liguei mais para o papa "de direita".
Depois, o papa ficou doente, há dez anos. E eu olhava cruelmente seus tremores, sua corcova crescente e, sem compaixão nenhuma, pensava que o pontífice não queria "largar o osso" e ria, como um anti-Cristo.
Até que, nos últimos dias, João Paulo II chegou à janela do Vaticano, tentou falar... e num esgar dolorido, trágico, foi fotografado em close, com a boca aberta, desesperado.
Essa foto é um marco, um símbolo forte, quase como as torres caindo em NY. Parece um prenúncio do Juízo Final, um rosto do Apocalipse, a cara de nossa época. É aterrorizante ver o desespero do homem de Deus, do Infalível, do embaixador de Cristo. Naquele momento, Deus virou homem. E, subitamente, entendi alguma coisa maior que sempre me escapara: aquele rosto retorcido era o choro de uma criança, um rosto infantil em prantos! O papa tinha voltado ao seu nascimento e sua vida se fechava. Ali estava o menino pobre, ex-ator, ex-operário, ali estavam as vítimas da guerra, os atacados pelo terror, ali estava sua imensa solidão igual à nossa. Então, ele morreu. E ontem, vendo os milhões chorando pelo mundo, vendo a praça cheia, entendi de repente sua obra, sua imensa importância. Vendo a cobertura da Globo, montando sua vida inteira, seus milhões de quilômetros viajados, da África às favelas do Nordeste, entendi o papa. Emocionado, senti minha intensíssima solidão de ateu. Eu estava fora daquelas multidões imensas, eu não tinha nem a velha ideologia esfacelada, nem uma religião para crer, eu era um filho abandonado do racionalismo francês, eu era um órfão de pai e mãe. Aí, quem tremeu fui eu, com olhos cheios d'água. E vi que Karol Wojtyla, tachado superficialmente de "conservador", tinha sido muito mais que isso. Ele tinha batido em dois cravos: satisfez a reacionaríssima Cúria Romana implacável e cortesã e, além disso, botou o pé no mundo, fazendo o que italiano nenhum faria: rezar missa para negões na África e no Nordeste, levando seu corpo vivo como símbolo de uma espiritualidade perdida. O conjunto de sua obra foi muito além de ser contra ou a favor da camisinha. Papa não é para ficar discutindo questões episódicas. É muito mais que isso. Visitou o Chile de Pinochet e o Iraque de Saddam e, ao contrário de ser uma "adesão alienada", foi uma crítica muito mais alta, mostrando-se acima de sórdidas políticas seculares, levando consigo o Espírito, a idéia de Transcendência acima do mercantilismo e de ditaduras. E foi tão "moderno" que usou a "mídia" sim, muito bem, como Madonna ou Pelé.
E nisso, criticou a Cúria por tabela, pois nenhum cardeal sairia do conforto dos palácios para beijar pé de mendigo na América Latina. João Paulo cumpriu seu destino de filósofo acima do mundo, que tanto precisa de grandeza e solidariedade.
Sou ateu, sozinho, condenado a não ter fé, mas vi que se há alguma coisa de que precisamos hoje é de uma nova ética, de um pensamento transcendental, de uma espiritualidade perdida. João Paulo na verdade deu um show de bola.
Arnaldo Jabor
domingo, 20 de maio de 2007
domingo, 13 de maio de 2007
Melancrônica
06h30min.
Desperta o celular pra mais um dia vazio. Acordo com vontade de dormir. Tomo um banho pra acordar e pra espantar meus fantasmas... Meus pensamentos sem fim e sem finalidades...
Saio de casa e meu coração se aperta. Tenho medo de não voltar e, com isso, não poder falar tudo o que eu preciso dizer, tudo o que fica engasgado...
A caminho do trabalho, a parte que mais gosto! Ouvir música e observar as pessoas que vêm e vão...
O mau-humor estampado em cada rosto... Ou será que é reflexo do meu? Não sei...
Ao chegar, vejo rostos alegres...Tentando se manter alegre sob a pressão do dia-a-dia... Obrigados a seguir o lema: “Seja feliz e faça aos outros felizes”... Um lema que ninguém nos fala diretamente, mas, que nos obriga a sorrir mesmo quando nossa vontade é chorar, gritar, rezar...
Bom mesmo, é quando somos crianças! Podemos falar o que queremos! No máximo, nossa mãe nos dará um beliscão, ou o nosso coleguinha nos dará o dedão e ficaremos de mal!
No outro dia, brincando na rua, nos damos os dedinhos e ficamos de bem de novo! Sem rancores!
Agora, quando nos tornamos adultos e perdemos nossa inocência, temos que agüentar tudo o que vem em nossa direção: inveja, insultos, prepotências, mentiras e etc... E, sem (muitas vezes) poder retrucar! Pois dependendo da palavra dita, podemos ser presos, ficar desempregados, morto...
Pois é essa a lei que predomina no nosso Brasil: “Quem pode manda, quem tem juízo obedece!”... Simplesmente ridículo! Só falta o cabresto!
Mas continuo na jornada... Tudo isso ainda não pode me calar! Ainda bem que o dia já está no fim... Hora de voltar a fazer o que gosto: ouvir música e ver pessoas!
Noto que agora há outra expressão nos rostos que vejo: cansaço! Ah não! Será que é reflexo do meu? Não sei...
Ainda bem que os dias não são todos iguais....!!!
पाज़!
Pensamentos
Vivo a pensar...
Será que um dia o mundo vai mudar?
Como posso ajudar?
Mas penso que a questão não é essa,
E sim: O mundo quer ser mudado?
Vejo o homem parado!
Acostumado...
Ou seria acomodado?
Vejo a violência...
Crianças sem inocência...
Famílias sem amor...
Minha mente está confusa...
Não sei mais o que é certo,
Não sei mais o que é errado...
Não sei nem mesmo quem sou
Ou pra quê vim...
Mas, no meio desta confusão
Ouço o meu coração
E sinto que posso mudar o mundo...
Mesmo sendo uma em um milhão...
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